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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O que é Escola Bíblica Dominical ?

julho 9, 2015No Comments ebdA Escola Bíblica Dominical, como o próprio nome a define, é Escola. Como tal, organiza-se com diretor, secretários, professores e alunos, projeto pedagógico. Projeto pedagógico, será ? Esta Escola, evidentemente, desenvolve-se através de aulas sistemáticas e outras atividades, por isto, nos preocupa, quando o tempo regular da aula não é gasto, muitas vezes, com aula. Por falta de orientação, os professores esgotam os preciosos minutos das aulas com outras atividades muito importantes: pedidos de oração, testemunhos, cânticos, comemorações, etc… só que no horário das aulas e pouquíssimo tempo sobra para o estudo das lições. Há uma tendência, em nosso meio, de se transformar o período da Escola Bíblica Dominical em oportunidade para se resolverem todos os imprevistos e, para tristeza nossa, até os assuntos previstos, no tempo da aula bíblica. São reuniões de finanças, comissões disso e daquilo que se aproveitam do sagrado momento da /Escola para “tiraram um tempinho da Classe”. – Olha, irmãos, vamos pedir licença, por alguns minutos, porque é um assunto importante, inadiável, para ser discutido agora! E a aula? A Escola Bíblica Dominical nem sempre é olhada como a Universidade de Cristo. O Cultodevocional, que é importantíssimo, não se pode pensar o contrário, consome dez a quinze minutos do estudo bíblico. Divide-se o grupo em classes, ai, lá vai o professo, mal orientado, e gasta mais outros cinco a dez minutos, contando as “ricas bênçãos recebidas” por ele ou por sua família, durante a semana. Ás vezes, até o noticiário das violências é reproduzido, com detalhes. Não raramente, abre-se uma sessão extraordinária de pedidos de oração. Orar é importante, mas ninguém deve se esquecer de que o tempo reservado para a aula deve ser aula. Há horários programados pela Igreja para a oração e outras inúmeras oportunidades. Começar e concluir o estudo com oração é excelente, mas o professor não pode gastar o tempo da aula e transformá-lo num culto de oração, porque os alunos estão matriculados na classe para estudar a Bíblia! Os grandes problemas gerados pela falta de respeito ao tempo da aula da EBD são o improviso, o excesso de resumo do assunto e a informação nublada de temas doutrinários que se arrastam, sem o devido esclarecimento, pelo mau uso do tempo. O professor, atônito pela falta de organização, vem sempre com a mesma desculpa: – “Infelizmente, irmãos, o tempo acabou”. – Infelizmente, irmãos, o tempo da EBD é reduzidíssimo. O sinal já soou. Sabemos que isto acontece, porque o tempo da aula deve ser no mínimo de cinqüenta minutos e, infelizmente, algumas Igrejas não têm orientado assim. Culto devocional não é aula, pedidos de orações não são aulas e testemunhos também não. Aula é aula! Se a Igreja adota o sistema de um culto devocional prolongado, que este tempo seja anterior à aula. Por exemplo: a EBD vai começar às 9, das 8:30 às 8:50h – culto devocional. Às 9:00h – classes estudando a Bíblia, em sala. Não é procurando a sala, é dentro dela. Outro problema que preocupa na EBD é a demora na movimentação para a divisão em classes. Tudo isto deve ser resolvido, porque tanto se critica a escola dos homens e estes mesmos erros interferem na escola de Cristo. Entre o culto devocional e a divisão em classes, os alunos já entendem que é tempo de merendar e formar-se um verdadeiro recreio em volta do Templo, na cantina, etc… Até que resolvam estudar, metade do assunto já foi discutido e os retardatários chegam “cheios de dúvidas”, obrigando o professor a rediscutir as mesmas coisas para os eternos atrasados. Metade da classe se desinteressa, a outra metade começa a conversar e muitos saem se entender o assunto. Quando o professor é enérgico, impede o fracasso da aula, caso contrário, é indisciplina na certa. O que vem acontecendo regularmente nas classes de crianças, com o tempo da EBD atropelado é a pressa ao se contarem as histórias bíblicas. É bom lembrar que a desculpa da falta de tempo é desorganização! Pobreza no investimento para educação é incompetência. Há uma tendência negativa ao se contarem as histórias bíblicas. O foco principal deveria ser outro. Vejam só! As crianças aprendem que Davi foi o jovem que acertou com a pedra na testa do gigante. Só isso! Ele que foi poeta, escritor, compositor, “homem segundo o coração de Deus”, autor de Salmos extraordinários, tem reduzido o seu currículo como o “pastorzinho que matou o gigante”. Há até músicas reforçando “só isso”. Zaqueu é apresentado como um baixinho, “quase um anão”, o resto da história quem sabe? Jonas, o maior evangelista de todos os tempos, o pregador que conseguiu realizar a grande cruzada evangelística, quando toda a cidade se converteu, até o rei! Não! As crianças sabem que ele foi engolido pelo peixe, mais nada! É falta de tempo na EBD? Como é estudada a lição na classe de crianças? Com a mesma pressa da classe de adultos, com desculpa de que o tempo já se esgotou? Irmãos, ou muda-se o processo de alfabetização bíblica ou o número analfabetos vai multiplicar-se como na escola dos homens. Quem sabe os assuntos da Bíblia pela metade não terá argumentos para vencer o mundo. A EBD tem sido a única oportunidade para milhares e milhares de pessoas lerem e estudarem a Bíblia. Pela negligência de muitos lares no ensinamento bíblico, crianças, jovens e adultos vacilam e o mundo os têm arrastado. Quanta responsabilidade ser diretor, secretário, professor e aluno da Escola de Cristo! É preciso planejar esta Escola com o máximo cuidado, porque ela se propõe a ensinar a Bíblia. O aluno da EBD é tão exigente quanto o aluno da escola secular. Ninguém pense que aula improvisada vai convencer, porque não vai. Agora vejam: dentro dos frágeis cinqüenta minutos, ainda inventam uma “justa homenagem” aos aniversariantes, a tal chamada nominal (que sabemos necessária, só que o mecanismo atrasa outro tanto de aula) e não raro aparece aquele professor contando, no tempo da aula, todas as desgraças de que ele teve notícia durante a semana: inflação, assaltos, separações, enfermidades. Vamos homenagear todo mundo fora do tempo de aula! Desgraça? Nem pensar. A Escola Dominical tem tudo para dar certo: conteúdo completo e perfeito, finalidade inegável, o melhor ambiente, só que alguns professores se esquecem de que eles, como professores, devem ter competência para o exercício do magistério, habilitação para o ensino bíblico, conhecimento doutrinário, capacidade ao aplicar a didática, senso de disciplina, e, sobretudo, amor pelo evangelismo. A Igreja deve promover intenso programa de atualização dos professores da EBD, através de reciclagem permanente, de intercâmbio, lembrando-se de que a verba destinada à compra de material pedagógico não é despesa, é investimento. Na Era online, “cuspe e giz” tem sido único recurso da maioria dos professores. Se a Igreja tem condições financeiras, por que este desprestígio da EBD no orçamento, quando nem uma sala próprio às vezes, não tem ? Senhores líderes, vamos cuidar da Escola de Cristo! Nada de salas escuras, sombrias, nem professores desanimados, falando baixinho, nem o extremo do concurso dos que falam mais alto. EBD é Escola. Organize a aula com o mínimo de cinqüenta minutos, analisando o objetivo da aula, estudando e discutindo o assunto, avaliando o resultado. Ninguém vai achar que a aula foi pequena ou grande, todos vão gostar da aula. Já notaram com os bancos ficam lotados naquela classe em que o professor prepara a aula? Notou como as crianças até choram, quando a professora diz que o estudo chegou ou fim? Mas, por favor, não chame o culto que as crianças prestam a Deus na pureza de seus corações, de “cultinho”, nem ouse apelidar de “louvorzinho” os hinos que elas cantam. A EBD precisa ensinar a linguagem bíblica a seus alunos, porque esta terminologia estranha que se implanta nos arredores da Igreja pode ser corrigida pelo professor da Escola de Cristo. “Cultão, louvorzão, rebanhão”. Reclama-se tanto do comportamento do brasileiro, de sua péssima formação, culpando-se a escola dos homens de incompetente e, alguém até já denunciou a falência do ensino e o fracasso da educação. A EBD, Escola de Cristo – tem formado o cidadão celestial para o exercício a missão de “sal da terra e luz do mundo”, neste mundo tão carente de exemplos? Como funciona a EBD de sua Igreja? Trabalhe, senhor diretor da EBD, como homem de Deus investido de humildade, convoque a Igreja para sustentar a Escola em oração. Exija dos alunos o uniforme completo que o Apóstolo Paulo desenhou para os efésios, descrito no capítulo seis. A Escola Bíblica Dominical precisa, urgentemente, de uma reforma. Não reformar a grade curricular nem o conteúdo. Precisa-se reformar o corpo docente. Quem vai suportar, o ano todo, aquele professor? Você sabe qual! Toda vez que alguém visita uma Escola, o que observa? Vamos enumerar? 1 – A disciplina 2 – A atitude dos professores em classe 3 – A limpeza das dependências- 4 – Os murais 5 – A recepção dada pelos funcionários Na Escola de Cristo observa-se ainda a capacidade de se usar o tempo, com sabedoria. Há professores que, tão logo percebem o visitante, oferecem logo a ele “a oportunidade de ensinar a lição”. – De que Igreja é o irmão? Seja bem vindo irmão, gostaríamos de ouvir a sua palavra, hoje, aqui na classe. Isto é um comportamento extremamente perigoso, porque a Igreja confiou ao professor a tarefa de ensinar e, muitas vezes tem se esquecido de ajudá-lo a compreender a responsabilidade que pese sobre seus ombros. Ninguém deve transferir a uma pessoa que vê pela primeira vez a grande responsabilidade de ensinar a lição. Situações desagradáveis podem ocorrer e fica difícil reparar o erro. O professor titular da EBD deve conscientizar-se de que, na sua ausência, só poderá lecionar alguém credenciado pela Igreja, porque ele foi designado por ela. Mesmo na ausência inesperada o Diretor da EBD deve ser notificado por alguém da classe para que outro professor seja indicado. Vamos lutar para que a Universidade de Cristo funcione como Escola organizada, credenciada, estruturada, vitoriosa. Na escola dos homens a estatística da evasão denuncia os graves erros cometidos no processo de aprendizagem. Por que os alunos da EBD desistem de estudar? É tempo de intensa avaliação da Escola Bíblica Dominical. Ali, sentado nos bancos, dominicalmente, o menino de olhos atentos busca orientação para assumir o comando da Igreja. Ele poderá ser Pastor, Evangelista, Diácono, não importa como irá servir ao Senhor. Importa que faz parte do Corpo e qualquer erro pode interferir na sua formação espiritual. Irmão, leve sua Igreja a discutir o fenômeno do desinteresse pelo estudo bíblico.Irmão, existe solução. Ivone Boechat

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