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Câncer de cólon
- visão geral
- sintomas
- diagnóstico e exames
- tratamento e cuidados
- convivendo (prognóstico)
- prevenção
- encontre um médico
O que é Câncer de cólon?
O câncer de cólon
abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e
o reto, sendo um dos tipos de câncer mais incidentes no mundo. É
tratável e curável na maioria dos casos, ao ser detectado precocemente.
Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos (lesões
benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso). Uma
maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção e a
remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos.
O Instituto Nacional do Câncer
(Inca) estima 32.600 novos casos por ano, sendo 15.070 homens e 17.530
mulheres. Além disso, o câncer de cólon faz aproximadamente 14 mil
vítimas por ano no Brasil.
Causas
O câncer de cólon resulta de
alterações em um grupo de genes de reparo do DNA. Quando esses genes
estão alterados, o sistema de reparo não é capaz de corrigir alterações
no código genético, facilitando o desenvolvimento de câncer.
Fatores de risco
Pólipos adenomatosos: os pólipos
adenomatosos vão em algum momento se alterar, até evoluírem para
adenocarcinoma, que é o câncer de cólon mais comum. Este é o principal
motivo para se indicar a colonoscopia, pois esses pólipos podem ser
retirados quando pequenos e ainda benignos;
Idade
A incidência é maior em homens e
mulheres com idade superior a 50 anos. Não se sabe ao certo porque isso
acontece. Uma possibilidade é a de que essas pessoas tenham sido
expostas ao fatores de risco por mais tempo.
Diabete e obesidade
Pessoas com diabetes e resistência à
insulina podem ter um risco aumentado de câncer de cólon. Além disso,
pessoas com obesidade tem mais chances de sofrer com o câncer de cólon e
de sofrer complicações da doença.
Tabagismo e alcoolismo
A relação direta entre álcool e
câncer de cólon não está completamente estabelecida, como acontece com
carne vermelha, frutas e verduras e exercício físico. Entretanto, é
sabido que pessoas que ingerem grandes quantidades de álcool estão em
maior risco para desenvolver a doença. Este risco é maior para pessoas
que ingerem mais de 45 g de álcool por dia (equivalente a
aproximadamente três latas de cerveja de 350 mL, três taças de vinho de
150 mL ou três doses de uísque de 40 mL. Além disso, sabe-se que o
tabagismo também aumenta o risco de câncer de cólon, uma vez que as
substâncias nocivas do cigarro podem afetar as células do intestino.
Doença inflamatória intestinal
O câncer de cólon está relacionado
com a retocolite ulcerativa idiopática, quando não tratada de forma
correta, contínua. É uma doença autoimune que agride a mucosa
colorretal. Doença mal cuidada e de longa data são fatores que
possibilitam a degeneração para o câncer de cólon. Colonoscopia
periódicas mantém estes pacientes em vigilância.
Histórico familiar
Estatisticamente, parece realmente
tratar-se de doença hereditária, não obrigatória. Acredita-se que
pessoas com avós, pais e irmãos com câncer de cólon expostos a fatores
de risco têm muito mais chance de desenvolver a doença, daí a
necessidade de se realizarem exames preventivos.
Polipose adenomatosa familiar
Essa é uma doença hereditária,
determinada quando há mais de 100 pólipos adenomatosos pelos segmentos
dos cólons. Na maioria das vezes, o diagnóstico é feito quando já há o
desenvolvimento do câncer de cólon em pacientes jovens. Nesse caso,
todos os familiares diretos devem ser submetidos a colonoscopia para que
o diagnóstico seja feito o mais precocemente possível.
Síndrome de Lynch
Doença hereditária autossômica
dominante, responsável por cerca de 3 a 5% dos tumores colorretais.
Cerca de 70% dos pacientes com a síndrome tem chance de desenvolver
câncer de cólon. Pacientes jovens, com manifestações principalmente no
cólon direito.
Fique atento
Observar esses critérios é importante para avaliar seu risco de câncer de cólon:
- Três ou mais familiares com câncer de cólon, duas gerações sucessivas afetadas e pelo menos um com idade inferior a 50 anos
- Três ou mais familiares com um dos tumores a seguir: câncer colo-retal, endométrio, intestino delgado, ureter e pélvis renal
- Pelo menos duas gerações sucessivas e pelo menos um dos tumores diagnosticados em idade inferior a 50 anos.
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Sintomas de Câncer de cólon
Muitas pessoas com câncer de cólon
não têm quaisquer sintomas nos estágios iniciais da doença. Quando os
sintomas aparecem, eles podem variar, dependendo do tamanho e
localização do câncer no seu intestino grosso. Os sintomas mais comuns
são:
- Uma mudança em seus hábitos intestinais, incluindo diarreia ou constipação
- Fezes pastosas de cor escura
- Sangramento retal ou sangue nas fezes
- Desconforto abdominal persistente, como cólicas, gases ou dor
- Sensação de que o seu intestino não esvazia completamente
- Fraqueza ou fadiga
- Perda de peso inexplicável
- Náuseas e vômito
- Sensação dolorida na região anal, com esforço ineficaz para evacuar.
Uma pessoa com câncer de cólon pode
não necessariamente apresentar todos esses sintomas juntos - mas o
principal é a presença de sangue nas fezes. Por isso, se notar quaisquer
sintomas de câncer colorretal, tais como sangue nas fezes ou uma
alteração persistente nos hábitos intestinais, marcar uma consulta com o
médico.
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Na consulta médica
Antes de ir à consulta, anote
quaisquer sintomas que você está enfrentando, inclusive os que não
parecem ter relação com câncer de cólon. Anote também outras informações
pessoas, como mudanças bruscas que podem ter acontecido na sua vida,
medicamentos que você toma, assim como vitaminas e outros suplementos.
O médico provavelmente fará uma
série de perguntas. Estar pronto para respondê-las pode conceder prazos
para cobrir outros pontos que deseja abordar. O médico pode perguntar:
- Quando você começou a sentir os sintomas?
- Os sintomas aparecem de forma contínua ou ocasional?
- Quão graves são seus sintomas?
- Existe algo que parece melhorar seus sintomas?
- Existe algo que parece piorar seus sintomas?
- Você tem histórico familiar de câncer de cólon ou outros tipos de câncer?
- Você tem histórico familiar de doenças inflamatórias intestinais?
Exames
Após uma consulta clínica, o médico pode te encaminhar para fazer alguns exames:
Exame de sangue oculto nas fezes
O exame de sangue oculto nas fezes,
como o próprio nome diz, analisa a presença de sangue nas fezes que não
podem ser vistos a olho nu. Um resultado positivo para esse exame
indica que o paciente está sofrendo algum sangramento no intestino
grosso, que pode ser consequência de uma inflamação, trauma ou tumor. O
paciente faz a coleta das fezes frescas em casa ou no hospital e leva a
amostra para ser analisada em laboratório.
Sigmoidoscopia
Sigmoidoscopia
é um procedimento endoscópico que analisa o reto e a parte inferior do
intestino grosso, chamada sigmoide. É usada para avaliar sintomas
gastrointestinais, como sangramento retal ou alterações nos hábitos
intestinais, além de triar para o câncer de cólon e reto. Durante o
procedimento, o médico utiliza um sigmoidoscópio, um instrumento
flexível tubular longo, com aproximadamente meia polegada de diâmetro e
uma câmera da ponta.
Colonoscopia
A colonoscopia
é um exame que permite ao médico analisar o revestimento interno do
intestino grosso e parte do delgado, correspondente ao reto e ao cólon. A
colonoscopia ajuda a encontrar pólipos, tumores, inflamações, úlceras e
outras alterações do órgão. A colonoscopia hoje é tida como um dos
principais métodos de rastreamento do câncer de cólon e reto. O exame é
realizado com o colonoscópio, uma haste flexível da espessura de um
centímetro - aproximadamente um dedo indicador -, com cerca de um metro
de comprimento. Ele tem uma câmera na sua extremidade, que capta a
imagem e transmite para um monitor de televisão.
Outros exames
Imediatamente após o diagnóstico de
câncer de cólon ou reto, o próximo passo é a realização de exames para
estadiamento da doença, que irão identificar a sua extensão. Nesses
casos, estão incluídos os exames físicos, laboratoriais, radiografias,
tomografias, exames de ressonância magnética e, algumas vezes, o PET-CT.
A indicação e a sequência correta
desses exames dependem da localização do tumor (cólon ou reto) e da
suspeita de metástases. Todo o tratamento é planejado a partir do
estadiamento, portanto não é correto iniciar o tratamento antes da
identificação do grau de estadiamento.
Diagnóstico de Câncer de cólon
O câncer de cólon pode ser detectado
precocemente usando de dois exames: pesquisa de sangue oculto nas fezes
e colonoscopia. Pessoas com mais de 50 anos devem se submeter
anualmente à pesquisa de sangue oculto nas fezes. Caso o resultado seja
positivo, é recomendada a colonoscopia. Converse com o médico sobre
quando você deve começar a fazer exames de câncer de cólon, pois ele
pode recomendar que você inicie a triagem mais cedo se você tiver outros
fatores de risco, como história familiar da doença ou doença
inflamatória intestinal.
Imediatamente após o diagnóstico de
câncer de cólon, o próximo passo é a realização de exames para
estadiamento da doença, que irão identificar a sua extensão. Nesses
casos, estão incluídos os exames físicos, laboratorias, radiografias,
tomografias, exames de ressonância magnética e, algumas vezes, o PET-CT.
A indicação e a sequência correta
desses exames dependem da localização do tumor (cólon ou reto) e da
suspeita de metástases. Todo o tratamento é planejado a partir do
estadiamento, portanto não é correto iniciar o tratamento antes da
identificação do grau de estadiamento. Os estadios para câncer de cólon
são:
- Estadio I: câncer crescendo no revestimento superficial (mucosa) do cólon ou do reto, mas que não se espalhou além da parede do cólon ou reto
- Estadio II: o câncer já se espalhou através da parede do cólon ou reto, mas não invadiu os linfonodos próximos
- Estadio III: o câncer invadiu os nódulos linfáticos próximos, mas não está a afetando em outras partes do corpo
- Estadio IV: O câncer se espalhou para outros órgãos, tais como fígado ou pulmão.
Ao receber o diagnóstico, você pode
querer fazer algumas perguntas ao médico, a fim de se preparar e
entender melhor a doença. Experimente fazer uma lista de perguntas,
ajudando a aproveitar ao máximo o seu tempo na consulte. Liste suas
perguntas a partir da mais importante, para você ter as prioridades
respondidas antes de o tempo acabar. Para o câncer de cólon, algumas
perguntas básicas incluem:
- Onde está localizado o meu câncer de cólon?
- Qual é o estadio do meu câncer de cólon?
- Meu câncer de cólon se espalhou para outras partes do corpo?
- Vou precisar de mais exames?
- Quais são as opções de tratamento para o meu câncer de cólon?
- Existe um tratamento mais adequado para meu caso?
- Qual é a chance de que o meu câncer de cólon ser curado?
- Quais são os efeitos colaterais de cada tratamento?
- Como é que cada tratamento afeta minha vida diária?
- Devo procurar uma segunda opinião?
- Existem folhetos ou outros materiais impressos que eu posso levar comigo? Quais sites você recomenda?
- Meus irmãos ou meus filhos têm um risco aumentado de câncer de cólon?
Além das perguntas que você preparou
para perguntar ao médico, não hesite em fazer outras perguntas durante a
consulta.
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Tratamento de Câncer de cólon
Existem alguns tratamentos para o
câncer de cólon, que podem ser combinados ou não. Todo o câncer de cólon
deverá ser retirado ou uma cirurgia, mas alguns casos podem ter a
cirurgia combinada com outros tratamentos. O que vai determinar a
escolha é o estadiamento do tumor e se já apresenta o diagnóstico com
metástase ou não. Outro fator determinante para o tratamento do câncer
de cólon é o paciente e qual o seu estado de saúde e época da vida.
Trata o câncer de cólon em uma mulher de 45 anos, saudável, é
completamente diferente de fazer o tratamento em uma mulher com 80 anos e
doenças relacionadas – ainda que o tipo e extensão do câncer sejam
exatamente iguais. Nesse caso, deve ser levado em conta o impacto dos
tratamentos e se eles irão interferir na qualidade de vida do paciente.
Cirurgia para câncer de cólon em estágio inicial
Se o câncer é pequeno e em um
estágio muito inicial, o médico pode ser capaz de removê-lo
completamente durante uma colonoscopia. Pólipos maiores podem ser
removidos com a ressecção endoscópica da mucosa.
Pólipos que não conseguem ser
removidos durante uma colonoscopia podem ser retirados através de
cirurgia laparoscópica. Nesse procedimento, o cirurgião realiza a
operação fazendo várias pequenas incisões na sua parede abdominal e
inserindo endoscópios (instrumentos com câmeras anexadas) que mostram
seu cólon em um monitor de vídeo. Após retirar o tumor, o médico também
pode retirar amostras de seus gânglios linfáticos, a fim de saber se o
câncer está se espalhando.
Cirurgia invasiva para câncer de cólon
Se o seu câncer de cólon cresceu
para além das paredes do cólon, pode ser recomendada uma colectomia
parcial, ou hemicolectomia. Essa cirurgia remove a parte do cólon que
contém o câncer, juntamente com uma margem de tecido normal em ambos os
lados do câncer. Os gânglios linfáticos regionais são removidos e
testados normalmente também para o câncer.
Muitas vezes, o cirurgião é capaz de
reconectar as partes saudáveis do seu cólon ou reto. Mas isso não é
possível quando, por exemplo, o câncer está na saída do seu reto, você
pode precisar de ter uma colostomia temporária ou permanente. A
colostomia envolve a criação de uma abertura na parte abdominal do corpo
a partir de uma porção do intestino remanescente, para a eliminação de
resíduos do corpo dentro de um saco especial. Às vezes, a colostomia é
apenas temporária, até o cólon ou reto se curar após a cirurgia. Em
alguns casos, no entanto, a colostomia pode ser permanente.
Quimioterapia
A quimioterapia utiliza medicamentos
para destruir as células cancerosas. Em casos de câncer de cólon, ela
geralmente é indicada após a cirurgia quando o câncer se espalhou para
os gânglios linfáticos. Desta forma, pode ajudar a reduzir o risco de
recorrência do câncer.
A quimioterapia pode ser dada para
alívio dos sintomas de câncer de cólon que se espalhou para outras áreas
do corpo, ou então antes da cirurgia, para reduzir o câncer antes de
uma operação. Em pessoas com câncer retal, a quimioterapia pode ser
utilizada junto da radioterapia.
Radioterapia
A radioterapia que usa radiação
ionizante no local do tumor, normalmente indicada para eliminar células
cancerosas que restaram no tecido colorretal após uma cirurgia para
retirada do tumor, ou então para encolher tumores grandes antes de uma
operação, de modo que eles possam ser removidos mais facilmente. O
médico também pode indicar a radioterapia para aliviar os sintomas de
câncer de cólon e câncer retal.
A radioterapia é raramente usada
para câncer de cólon em estágio inicial, mas é parte da rotina de
tratamento de câncer retal, especialmente se o câncer penetrou na parede
do reto ou para os nódulos linfáticos próximos. A radioterapia,
combinada com a quimioterapia, podem ser indicadas após a cirurgia para
reduzir o risco de o câncer reaparecer.
Terapia alvo
A terapia alvo usa drogas ou outras
substâncias que tem a função de identificar e atacar as células
cancerígenas com pouco dano às células normais. Cada tipo de terapia
alvo funciona de uma maneira diferente, mas todas alteram a forma como
uma célula cancerígena cresce, se divide, se autorrepara, ou como
interage com outras células. A terapia alvo é indicada para pacientes
que tem alterações específicas em seus tumores, e nem sempre pode ser
indicado como tratamento, pois não beneficia a todos.
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Convivendo/ Prognóstico
Um diagnóstico de câncer pode ser
emocionalmente desafiador. Até encontrar o que funciona para você, tente
adotar algumas destas práticas:
Saiba o que esperar
Saiba o suficiente sobre seu câncer
para tomar as decisões de maneira confortável. Pergunte ao seu médico
sobre o tipo e estadio do câncer, bem como as opções de tratamento e
seus efeitos colaterais. Quanto mais você souber, mais confiante você
estará para tomar decisões sobre o seu próprio cuidado. Procure
informações em bibliotecas e sites confiáveis.
Mantenha os amigos e familiares próximos
Estar perto dos amigos e da família
irá ajuda-lo a lidar com o câncer. Amigos e familiares podem fornecer o
apoio prático que você precisa, como ajudando a cuidar de sua casa se
você estiver no hospital. Além disso, eles são o suporte emocional que
você precisa.
Compartilhe experiências
Encontre pessoas que passaram pelo
menos que você e estão dispostas a conversar sobre seus medos e
esperanças. Existem grupos de apoio na internet e hospitais que podem te
ajudar a passar por esse momento. Além disso, amigos, família,
conselheiros e assistentes sociais também podem cumprir esse papel.
Como minimizar os efeitos adversos da quimioterapia?
- Náuseas e vômitos: consuma alimentos de fácil digestão e converse com seu oncologista sobre a necessidade da utilização de antieméticos
- Planeje a alimentação: algumas pessoas sentem-se bem comendo antes da quimioterapia e outras, não - nesse caso, o hábito varia conforme a necessidade da paciente com câncer de mama. Entretanto, deve-se sempre aguardar pelo menos uma hora após a sessão para consumir qualquer alimento ou bebida
- Coma devagar: consuma pequenas refeições, cinco ou seis vezes por dia, em vez de três grandes refeições, evitando ingerir líquidos enquanto come. Isso evite enjoos e vômitos
- Prefira alimentos frescos e evite consumi-los muito quentes
- Evite alimentos e bebidas fortes, como café, peixe, cebola e alho. Eles também favorecem os vômitos.
Cuidados durante a radioterapia
O radioterapeuta e a equipe de
enfermagem devem orientar sobre os cuidados específicos que deverão ser
adotados durante o tratamento de radioterapia. Esses cuidados variam
muito de acordo com a região a ser irradiada.
- Pele: lave a pele irradiada com sabão suave e água morna. Tente não coçar nem esfregar a área
- Pomada: aplique pomadas ou cremes sobre a pele somende com aprovação médica
- Prefira roupas folgadas e confortáveis e se possível cubra a região irradiada com roupas claras.
Exercícios físicos
Não importa a atividade - o que
importa é praticar. A atividade física ajuda a "mandar" a fadiga embora,
aumenta a energia, a disposição e a autoestima, além de proporcionar
convívio social.
- Depois do tratamento: converse com seu médico sobre o retorno às atividades físicas. Isso varia de acordo com o tempo de recuperação esperado para cada procedimento e estado paciente
- Alguns pacientes podem apresentar queda de imunidade durante o tratamento, o que pode ocasionar infecções oportunistas. Por isso, não se recomendam atividades com a natação - já que o contato com a água da piscina pode favorecer infecções
- Caso a ideia seja frequentar uma academia de ginástica, opte pela atividade supervisionada por um profissional de educação física. Relate seu caso, para que ele indique a série de exercícios mais adequada.
Complicações possíveis
As complicações ligadas diretamente ao câncer de cólon envolvem:
- Bloqueio do cólon
- Recidiva após tratamento
- Disseminação do câncer para outros órgãos ou tecidos (metástase)
- Desenvolvimento de um segundo câncer de cólon primário.
Outras complicações do câncer de
cólon podem advir do procedimento cirúrgico de remoção do tumor. Dentre
elas, podemos citar:
- Infecções
- Hérnia intestinal Hemorragias, isquemia e necrose (por obstrução de artérias e vasos)
- Perfuração intestinal.
Expectativas
O câncer do cólon é, em muitos
casos, uma doença tratável se for detectada no início. O seu estado
depende de vários fatores, inclusive o estadiamento do câncer. Em geral,
quando tratado em um estágio precoce, a sobrevida do paciente é longa,
com poucas chances de recidiva nos cinco anos após a retirada do câncer.
Tumores no estadio I, II e III são considerados potencialmente
curáveis. Na maioria dos casos, o câncer no estágio IV não é curável,
embora existam exceções.
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Prevenção
A genética atua um papel primordial
da gênese do câncer e ainda tem uma força maior que fatores externos. No
entanto, qualquer um pode se beneficiar dessa lista de bons hábitos
para manter o intestino sempre em ordem, afastando o câncer de cólon e
reto ou mesmo outros problemas relacionados ao órgão, como a presença de
pólipos - pequenos acúmulos de pele que podem, inclusive, ser um sinal
de alerta para o câncer:
Faça os exames regularmente
O teste mais específico para
avaliação direta do intestino grosso e reto é a colonoscopia. Trata-se
de uma endoscopia feita pelo ânus, que permite a visualização direta de
toda a mucosa intestinal em sua circunferência, desde o reto até o íleo
terminal (fim do intestino delgado) e possibilitando coleta de material
para análise. A cápsula endoscópica é um exame que também permite a
visualização da luz intestinal, mas não permite biópsias, e é utilizado
quando existem lesões obstrutivas que impossibilitam a passagem do
colonoscópio ou quando quer se avaliar o intestino delgado, segmento de
difícil acesso pelos endoscópios. Existem também testes indiretos
radiológicos dos cólons, que são o clister opaco e a colonoscopia
virtual. Esses exames desenham a luz intestinal e podem encontrar lesões
de mucosa maiores que 6 mm. Antes dos exames invasivos, o médico pode
pedir um exame de sangue oculto nas fezes, e só com esse resultado
positivo encaminhar para uma colonoscopia.
Um estudo feito por pesquisadores do
Massachusetts General Hospital Gastrointestinal Unit descobriu que
fazer uma colonoscopia a cada 10 anos a partir dos 50 anos de idade
poderia evitar 40% dos casos de câncer colorretal. O estudo acompanhou
mais de 89 mil profissionais de saúde durante um período de 20 anos e
foi publicado no New England Journal of Medicine. A colonoscopia se
tornou exame de rotina como prevenção de câncer colorretal, e deve
começar a ser feito a partir dos 50 anos de idade para pessoa sem
histórico familiar da doença. Aqueles que possuem fatores de risco devem
incluir o exame na rotina após os 40 anos ou 10 anos antes da idade do
caso mais precoce na família. A colonoscopia também pode ser indicada em
investigação de dores abdominais, alteração do hábito intestinal,
hemorragias pelo ânus, diarreias e outras queixas relacionadas. Se os
exames forem normais, devem ser repetidos a cada cinco ou dez anos. Já o
resultado alterado deve ser repetido conforme orientação do médico.
Cuide de doenças do cólon e reto
Além da história genética, a
presença de doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a doença de
Crohn e a retrocolite ulcerativa, aumenta o risco de câncer de cólon e
reto. Isso acontece devido ao estímulo inflamatório constante, que
culmina acelerando a multiplicação celular. Portanto, pacientes
portadores dessas doenças devem manter uma regularidade maior dos
exames: de um modo geral, anualmente após oito anos de doença se
portador de colites ou uma vez a cada dois anos se tiver uma doença que
afeta um segmento específico do intestino, como diverticulite.
Evite alguns alimentos
Hábitos alimentares nocivos, como o
consumo excessivo de carne vermelha, embutidos, enlatados e defumados
excessivamente não são saudáveis para o intestino. A digestão desses
alimentos resulta na produção de metabólitos, substâncias tóxicas que
podem ser o estopim para transformação genética das células da mucosa no
intestino grosso, se muito tempo em contato com a mucosa intestinal. O
consumo de carne vermelha deve ser limitado a 200g por semana - entre
uma a duas vezes por semana - para aqueles em grupo de risco para
doenças do intestino, enquanto os outros tipos de alimento devem ser
evitados ao máximo. Estudos demonstraram que as carnes processadas
aumentam o risco de câncer mais do que o consumo de carne não
processada. O motivo é o mesmo: substâncias cancerígenas que são
formadas a partir do método de processamento da carne.
Coma mais fibras
O consumo de frutas, legumes,
verduras e grãos integrais aumenta a quantidade de bactérias do
intestino, ajudando no seu pleno funcionamento. Com a microbiota (flora
intestinal) funcionando a todo vapor, é mais fácil para o órgão suprimir
a atividade de outras bactérias que são nocivas e podem formar
substancias tóxicas. Além disso, um intestino saudável ajuda a eliminar
com regularidade os metabólitos tóxicos do organismo na evacuação. As
fibras das frutas, verduras e cereais regularizam o trânsito, diminuindo
o tempo de exposição da mucosa intestinal a substâncias potencialmente
cancerígenas.
Controle o peso
Estar com o peso acima do que é
considerado saudável também pode ser um fator de risco para o câncer de
cólon. Um estudo publicado no American Journal of Epidemiology revelou
que a obesidade e acúmulo de gordura abdominal aumentam a probabilidade
de uma pessoa desenvolver câncer de cólon e reto. A análise foi liderada
por uma especialista da Maastricht University, na Holanda, e contou com
a participação de 120 mil adultos holandeses com idade entre 55 e 69
anos. Após avaliar cada um dos indivíduos, os cientistas constataram que
homens com sobrepeso significativo ou em início de obesidade tinham um
risco 25% maior de ter câncer colorretal. Além disso, aqueles cujo
tamanho da cintura era significativamente maior apresentaram um risco
63% maior de ter esse tipo de câncer.
O desequilíbrio metabólico, que
inclui sobrepeso, obesidade e diabetes, aumenta o risco de câncer de
intestino. E a diminuição da circunferência abdominal interfere nos
níveis de insulina e glicose, contribuindo para uma melhor regularização
do metaboslismo. O papel da atividade física regular é fundamental para
esse equilíbrio.
Faça exercícios
A prática de exercícios físicos
regularmente pode reduzir a incidência de câncer de intestino. Inclua
pelo menos de 30 minutos de atividade física moderada em cinco dias da
semana - isso ajudará seu intestino a funcionar melhor, estimulando a
movimentação do órgão, além de contribuir para diminuição do estresse e
controle do peso, ambos fatores conhecidos para aumentar o risco de
câncer.
Modere no álcool
A relação direta entre álcool e
câncer de intestino não está completamente estabelecida, como acontece
com carne vermelha, frutas e verduras e exercício físico. Entretanto, é
sabido que pessoas que ingerem grandes quantidades de álcool estão em
maior risco para desenvolver a doença. Este risco é maior para pessoas
que ingerem mais de 45 g de álcool por dia (equivalente a
aproximadamente três latas de cerveja de 350 mL, três taças de vinho de
150 mL ou três doses de uísque de 40 mL. Entretanto, é importante
lembrar que pequenas quantidades de álcool podem ter efeitos benéficos
para a saúde, mas por outro lado mesmo pequenas doses podem ser
problemáticas para pessoas com risco para alcoolismo. Dessa forma, é
importante ficar atento para o histórico familiar do problema e
conversar com seu médico, verificando se é adequado manter o consumo
moderado da bebida.
Pare de fumar
Hoje existem mais de 100 estudos
científicos comprovando que o cigarro é causa de câncer de intestino. De
forma global, quem fuma tem 18% mais chance de desenvolver câncer de
cólon e reto quando comparado ao não-fumante. Isso acontece porque as
substâncias tóxicas do cigarro estimulam mutações genéticas em todo o
organismo, podendo favorecer uma série de cânceres.
Marco Antonio Delgado Ferraz, Proctologia e Vídeo-Colonoscopia do Grupo Memorial
Fontes e referências:
-
Marco Antonio Delgado Ferraz, Proctologia e Vídeo-Colonoscopia do Grupo Memorial
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